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Foto: Paulo Soares/O Estado |
Agosto já obteve um volume de chuva acima da média para todo o mês, de acordo com dados do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estado do Maranhão (UEMA). O acumulado parcial até essa quarta-feira (11), era de 52,6 milímetros, número superior a média estimada para o período, que é de 30 milímetros.
O período também já registra o maior acumulado de chuvas dos últimos quatro anos. Em 2018, o estado obteve um volume mensal de 27,8 milímetros, já em 2019, o quantitativo caiu para 3,4 e voltou a subir no ano passado, quando obteve 11,9 milímetros de precipitação (veja o gráfico abaixo).
Agosto é o mês que marca o chamado período seco no Maranhão, que se estende até meados do mês de novembro, e registra altas temperaturas e clima seco.
Segundo o Núcleo de Meteorologia da UEMA, os meses de dezembro e janeiro, por exemplo, são considerados de transição para o período chuvoso, que se inicia em fevereiro e segue até maio. Já junho e julho também são considerados de transição, mas desta vez, para o período seco.
Hallam Cerqueira, meteorologista da UEMA, explica que este fenômeno acontece devido a variabilidade natural do clima e não há nenhuma relação com mudanças climáticas. Ele afirma que o clima continua sendo predominante seco durante o mês, mas o tempo permanece chuvoso.
"Era comum, até o período dos anos 2000, os períodos chuvosos ficarem um pouco acima da média. Na década de 2010 em diante, passou a ter um período chuvoso menos extenso e mais ou menos em maio acabava. E nós já estamos no início da década de 20 e o padrão também já mudou. Então essa variação é muito particular do clima", disse.
O meteorologista afirma que mesmo com um volume acima do esperado, o registro de chuvas no Maranhão nos últimos quatro anos tem sido dentro da normalidade.
"Quando a gente faz o acumulado anual, geralmente no nosso estado, chove mais de 2 mil milímetros por ano. Só que nos cinco anos da década passada as chuvas ficaram em torno de 50% abaixo do normal. Por isso, há uma percepção de que está chovendo mais, quando não está e aí, voltou a chover o que chovia antes. Isso também faz parte da variabilidade do clima e outro período chova menos ou mais", explica.
Fonte: G1
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