
O que se sabe até agora de forma efetiva é que a
nova variante Ômicron é muito mais transmissível, mas que as pessoas não devem
entrar em pânico com isso, segundo dados divulgados semana passada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em entrevista na
conferência Reuters
Next,
na última
sexta-feira (3), Soumya Swaminathan, cientista-chefe da disse
que a resposta
certa é
estar preparado e ser cauteloso e não entrar em pânico diante da nova variante.
“Até que ponto devemos ficar preocupados?
Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos
em uma situação diferente de um ano atrás”, disse Swaminathan.
Mas muita coisa permanece desconhecida sobre a
Ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado e com
registros em pelo menos duas dúzias de países. Questões como quais os sintomas?
Como ela é diagnosticada? Ou se as vacinas atuais são eficazes contra ela? têm
levado a ciência na busca por respostas para esclarecer a real ameaça que a
Ômicron representa.
Quais os sintomas mais comuns?
Segundo a presidente da Associação Médica da
África do Sul e uma das primeiras a relatar casos da nova variante, Angelique
Coetzee, os sintomas são “extremamente leves”. Segundo a médica, os pacientes
que já atendeu não tinham, exatamente, dor de garganta, mas relatavam “garganta
arranhando” e cansaço.
Segue lista dos sintomas já associados com a
variante Ômicron:
Tosse seca, dependendo do caso;
Febre;
Suores noturnos;
Dores musculares;
Cansaço;
Garganta “arranhando”;
Pulsação alta, dependendo do caso.
Como diagnosticar a nova variante?
A identificação da Ômicron se deu pelo
sequenciamento genético do vírus, que apontou mutações que a fizeram ser
diferente das demais cepas do coronavírus, mas ela é relativamente mais fácil
de ser distinguida da Delta em testes de PCR, por exemplo. A Ômicron tem uma
mutação que causa o que é chamado na genética de “drop-out do gene S”. Isso
significa que uma das partes do vírus, que é identificada pelo teste PCR, não
está presente nessa variante.
Dessa forma, testes que vierem com um resultado
onde apenas duas partes foram identificadas, em vez de três, indicariam a
infecção pela nova variante. Nesse caso, os testes podem ser usados como
marcadores para esta variante, podendo ser confirmada posteriormente pelo
sequenciamento do material genético do vírus.
A Ômicron é mais transmissível?
De acordo com a OMS, tudo indica que a Ômicron
seja mais transmissível do que as outras variantes, incluindo a Delta, mas isso
ainda não está definido.
Evidências preliminares sugerem que pode haver
um risco aumentado de reinfecção com a Ômicron (ou seja, pessoas que já tiveram
Covid-19 podem ser reinfectadas mais facilmente com a nova cepa), em comparação
com outras variantes preocupantes. Por enquanto, as informações são limitadas e
mais dados estarão disponíveis nos próximos dias e semanas, afirma a OMS.
As atuais vacinas funcionam?
Essa é uma das grandes dúvidas dos brasileiros.
Não se sabe, ainda, se as vacinas são menos eficazes contra a Ômicron, mas
existe esse risco devido às mutações encontradas na variante. A maioria delas,
está na proteína spike, que é o principal alvo das vacinas disponíveis
atualmente.
A nova cepa possui a mutação E484K, também
encontrada na Beta. Essa mutação comprovadamente escapa aos anticorpos
monoclonais e tinha a capacidade de escapar das atuais vacinas.
As principais desenvolvedoras dos imunizantes
disponíveis — Pfizer–BioNTech, Oxford–AstraZeneca, Moderna e Johnson &
Johnson — já iniciaram testes para avaliar a eficácia de seus imunizantes
contra a variante. Resultados são esperados em cerca de duas semanas.
Elas também já se adiantaram e começaram a
desenvolver novas versões, destinadas à nova cepa. A Pfizer disse que pode ter
um novo imunizante pronto em cerca de 95 dias.
A Jonhson & Johnson afirmou que irá
desenvolver uma vacina contra a variante se for necessário e a Moderna pode
levar uma versão atualizada de seu imunizante aos testes clínicos em humanos em
até 90 dias.
Fonte: Oimparcial
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